sábado, 20 de abril de 2013

ENCONTRO DE ABRIL


RODA DE CONVERSA COM RICARDO SPARAPAN PENA: SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA E A REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL










Reunião realizada no dia 05/04/2013 ás 14:00 na Faculdade Estácio de Sá de Ourinhos. Foi iniciada com os seguintes informes e discussões: 1) possibilidade de realização do próximo encontro do Fórum, como parte das atividades e discussões, na semana da Luta Antimanicomial; 2) os municípios de Ourinhos, Salto Grande, Santa Cruz do Rio Pardo estão planejando uma atividade regional para semana da Luta: bingo e/ou gincana; 3) Representante do CRP de Assis informou que não houve reunião promovida por este Conselho para planejar ações da semana da Luta Antimanicomial, a próxima reunião será dia 15/04/2013 às 14:30 na sede do CRP Assis; 4) trabalhadores do CAPS de Ourinhos, como também, trabalhadores dos CRAS de Ourinhos manifestaram que verificarão possibilidade de participar da reunião promovida pelo CRP.
Em seguida, os membros do Fórum se apresentaram, registramos a presença dos municípios: Ourinhos, Adamantina, Bernardino dos Campos, Palmital, Candido Mota, Chavantes, Santa Cruz do Rio Pardo e Marília. Na sequencia, o convidado Ricardo Sparapan Pena também se apresentou e iniciou a discussão a respeito da Saúde Mental na Atenção Básica. Apresentaremos em tópicos os principais pontos da discussão:
- o SUS alinhado à perspectiva da Saúde Coletiva prevê a Saúde Mental também desenvolvida na Atenção Básica;
- para atuação profissional que afirme o SUS é necessário a revisão e reflexão do discurso e práticas votadas para a eliminação de sintomas de doenças;
- produção de saúde diz respeito a práticas profissionais que afirmem a vida, não apenas eliminem ou busquem sintomas;
- para a prática da saúde mental que vá além da eliminação de sintomas é necessário superar a concepção dicotômica de indivíduo: corpo versus mente.
- a saúde mental não é composta somente por profissionais especializados, pois a pessoa em si não é segmentada (corpo-mente), o paciente é um indivíduo em sua totalidade, assim, merece atenção também em sua totalidade;
- a saúde mental necessita de atuação em equipe, de articulação entre os trabalhos, serviços, como também entre as políticas públicas;
- é necessário o trabalho em rede e compartilhamento de saberes, nesta perspectiva a saúde mental faz-se também na atenção básica;
- os encaminhamentos realizados pelos profissionais entre os serviços e políticas públicas devem produzir uma rede de atendimento e cuidado;
- trabalhar na perspectiva de rede envolve, inclusive, o Matriciamento, o apoio técnico oferecido para os demais serviços que compõe a rede de cuidado.
- na concepção do Matriciamento é que se pode pensar o acolhimento e atendimento dos sujeitos na atenção básica.
- defesa da saúde além da ausência de sintomas, como a capacidade de produzir novas normas à própria vida;
- a concepção de saúde não pode ser permeada por juízos de valores ou idealizada;
- a atenção básica amplia a possibilidade de acolhimento e cuidado;
- há um estigma e preconceito com o sujeito com doenças psiquiátricas ou em estado de sofrimento mental;
- tal estigma/preconceito dificulta o acolhimento dos sujeitos nos vários serviços, como também na atenção básica da saúde;
- a saúde mental é parte do SUS e da Saúde Coletiva, não é uma especialidade fechada e de responsabilidade de profissionais específicos;
- quando não ha composição de rede de cuidado e produção de saúde mental, ocorre a judicialização dos indivíduos com doenças ou em sofrimento mental;
- os psicólogos, em geral, reproduzem a prática clínica individual na atuação no SUS, ou seja, não atuam em concordância com os princípios do SUS ou da saúde pública;
- a identidade profissional, muitas vezes, é permeada por concepções individualistas de prática;
- na atuação profissional que afirme o SUS, a saúde pública, é necessário tecer relações com os demais profissionais, demais políticas públicas e, inclusive, em contato permanente com os usuários para a construção da rede de atenção e cuidado;
- ao tecer a rede e para consolidação dela, faz-se necessário que os profissionais assumam as responsabilidades com os serviços prestados e políticas públicas envolvidas;
- a rede entre os serviços e políticas públicas é necessária com objetivo de produção de espaços coletivos para a problematização e acompanhamento dos casos;
- os trabalhadores devem assumir responsabilidades que afirmem o SUS e a humanização dos serviços;
- as políticas públicas devem responder às necessidades da população, ou seja, devem ser organizadas e executadas na lógica do território;
- a atenção básica da saúde e outros equipamentos de outras políticas públicas estão no território;
- a descentralização da saúde mental faz-se necessária para ampliar a acolhida dos usuários, como também para a composição da rede de serviços que atendam aos princípios da reforma psiquiátrica e cidadania;
- tais princípios são construídos em relação permanente com os usuários, por meio do controle social, gestão participativa, e demais modelos que respeitem e levem em conta a opinião dos usuários. 

Depois foi servido um lanche para todos oferecido pelo Supermercado Pão de Açúcar de Ourinhos.
A próxima reunião do Fórum ocorrerá no mês de maio de 2013, provavelmente relacionada aos eventos da Semana da Luta Antimanicomial.

Ourinhos, 05 de abril de 2013.








domingo, 7 de abril de 2013

Encontro do Fórum em Chavantes!













Reunião em Chavantes, presentes 4 dos 12 municípios e próximo encontro em  05 de Abril (14h00min) Estácio de Sá, sala 103.
 A reunião foi aberta pela Psicóloga Mary do município de Chavantes. Foi dada a palavra ao Prefeito e ao Secretário Municipal de Saúde para as boas vindas. Depois foi dado prosseguimento ao programado.
 A psicóloga Juliana Roman do CRAS de Ourinhos conversou com todos sobre o que seria o “Fórum”, assunto discutido na última reunião:
·         O que é o Fórum?
- onde pensaremos sobre nossas ações
- local destinado à discussão pública, em que neste caso, é sobre a saúde mental (objeto do nosso Fórum).
- espaço aberto para quem quiser participar, compartilhando suas experiências e dúvidas.
 O que seria o Fórum? Pessoas que se reúnem, estando dispostas a se envolver de alguma forma participativa, tendo ações para que algo mude, aconteça.

·         Proposta de Comissão: Comissões: que irão conversar com o judiciário, levando o conteúdo do Fórum, para que seja debatido.

 Cada comissão trabalhar com um aspecto, estabelecer prazos para apresentar aos demais do Fórum.

 Os municípios ativos irem até os municípios que estão “afastados” para “resgatá-los”. Um município estar ajudando o outro, se unindo.

·         Fazer com que o Fórum seja mais ativo,

- Reuniões uma vez ao mês.

- É um espaço horizontal, todos tomam decisões juntamente.

- Intervenções em hospitais psiquiátricos.
(articulação, discutir junto com os profissionais da saúde).
  
·         Comentários:
Eduardo (Terapeuta Ocupacional)
“Planejamento estratégico, delimitando o foco de cada grupo (comissão)”.

 Priscila (Psicóloga)
“Olhar para cada caso, pois cada caso é um caso. Ter um olhar mais amplo e não tão fechado”.
  
·         Proposta do Fórum
Cada município tentar manter suas Reuniões municipais, cada município se reunir para buscar melhorias.

 ·         Luta antimanicomial (15 ou 22 de maio – FIO) EVENTO REGIONAL
Propostas – oficinas
Fala inicial – Saúde Mental

Semana da Luta (18 Sábado)
Sair do Caps. do Ourinhos, ir até a Praça dos Expedicionários de Ourinhos.

·         Presença do CRP que convida para reunião dia 25 do CRP de Assis.

                                                      
Chavantes, 20 de março de 2013.